ELETRÓLISE
Uma pilha
é um sistema eletroquímico espontâneo que gera energia elétrica a partir de
energia química.
A eletrólise, porém, é exatamente o contrário da
pilha, pois se trata de um processo não espontâneo que converte a energia
elétrica em energia química.


A
eletrólise é muito utilizada na indústria, pois por meio dela é possível isolar
algumas substâncias fundamentais para muitos processos de produção, como o
alumínio, o cloro, o hidróxido de sódio, etc. Além disso, também é um processo
que purifica e protege (revestimento) vários metais.
A eletrólise
se dá apenas com fornecimento de energia por meio de um gerador, como uma
pilha, por exemplo. Para entender como ela acontece, observe o esquema a
seguir:

O gerador
“puxa” os elétrons do polo positivo (ânodo) da cuba
eletrolítica e os
transfere para o polo negativo (cátodo). Isso é mostrado pelas semirreações:
1ª
Semirreação: o gerador atrai os ânions A- para o polo positivo e os força a
perder elétrons:
A-
A0 + elétron

2ª
Semirreação: o gerador faz com que os cátions C+ recebam os elétrons:
C+ + elétron
C0

Existem
dois tipos principais de eletrólise: a eletrólise ígnea e a eletrólise
aquosa. Entenda
a diferença entre elas a seguir:
·
Eletrólise Ígnea: ocorre quando a passagem de corrente elétrica se dá em uma substância
iônica liquefeita, isto é, fundida. Daí a origem do nome “ígnea”, uma palavra
que vem do latim, ígneus, que significa
inflamado, ardente.
Esse tipo
de reação é muito utilizado na indústria, principalmente para a produção de
metais. Veja o exemplo de eletrólise do NaCl (cloreto de sódio – sal de
cozinha), com produção do sódio metálico e do gás cloro:
Semirreação
no cátodo: Na+ + e- → Na . (2)
Semirreação no ânodo: 2 Cl- → Cl2 + 2e-____
Reação global: 2 Na+ + 2 Cl- → 2 Na + Cl2
Semirreação no ânodo: 2 Cl- → Cl2 + 2e-____
Reação global: 2 Na+ + 2 Cl- → 2 Na + Cl2
·
Eletrólise Aquosa: nesse caso, fazem parte os íons da substância dissolvida (soluto) e da
água. Na eletrólise do cloreto de sódio em meio aquoso são produzidos a soda
cáustica (NaOH), o gás hidrogênio (H2) e o gás cloro
(Cl2). Note como se dá:
Dissociação do NaCl: 2 NaCl- → 2 Na+ +
2 Cl-
Autoionização da água: 2 H2O → 2 H+ + 2 OH-
Semirreação no cátodo: 2 H+ + 2e- → H2
Semirreação no ânodo: 2 Cl- → Cl2 + 2e-____________________
Reação global: 2 NaCl- + 2 H2O → 2 Na++ 2 OH- + H2 + Cl2

Solução cátodo ânodo
Autoionização da água: 2 H2O → 2 H+ + 2 OH-
Semirreação no cátodo: 2 H+ + 2e- → H2
Semirreação no ânodo: 2 Cl- → Cl2 + 2e-____________________
Reação global: 2 NaCl- + 2 H2O → 2 Na++ 2 OH- + H2 + Cl2



Solução cátodo ânodo
Observe
que foram formados dois cátions (Na+ e H+) e dois ânions
(Cl- e OH-). Porém, apenas
um cátion (H+) e um ânion (Cl-) sofreram as
descargas do eletrodo, os outros íons foram apenas espectadores nessa
eletrólise.
Isso
ocorre em todas as eletrólises em meio aquoso: apenas um dos cátions e um dos
ânions são participantes. Para determinarmos quais serão os participantes e
quais serão os espectadores, existe uma ordem de facilidade de descarga,
conforme mostrado na lista abaixo:

Desse
modo, consultando a lista, vemos que o cátion H+ tem mais facilidade de descarga
que o Na+que é um metal alcalino. E, com respeito aos ânions,
o Cl- é um ânion não oxigenado e mais reativo que OH-.
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