Gêneros Jornalísticos
O vídeo abaixo apresenta o conceito de editorial com um exemplo de texto oralizado!
Atenção as dicas abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=lCHlaibGTg0
* No primeiro e segundo parágrafos apresenta-se a ideia principal a ser debatida, também denominada de síntese.
* Em seguida, tem-se o desenvolvimento, o qual constitui o corpo do editorial. Nele são apresentados os argumentos que fundamentam a ideia principal, de forma a convencer o interlocutor acerca da posição defendida.
* No último parágrafo apresenta-se a conclusão, a qual se constitui da solução para o problema evidenciado, como pode também apenas conduzir o leitor a uma reflexão sobre o assunto em pauta.
Exemplo de Editorial:
Região dá exemplo ao ampliar o Ficha Limpa
A região de Araçatuba sai na frente e abre caminho para um debate de interesse nacional ao discutir e aprovar mecanismos que ampliam a exigência de "ficha limpa" para a ocupação de cargos públicos e acomodação de apadrinhados. Reportagem publicada hoje pela Folha da Região revela que a Câmara de Lins acaba de aprovar lei estendendo a abrangência para o preenchimento de cargos de confiança na administração municipal.
A lei nacional sancionada no ano passado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ainda questionada na Justiça por políticos de "ficha suja" que se sentiram prejudicados, só é aplicada a candidatos a cargos eletivos, nos níveis federal, estadual e municipal. Pela proposta de Lins, que já chegou a Penápolis - aprovada em primeira discussão na última semana - postulantes a nomeação em cargos públicos também não poderão ter condenação em segunda instância. Por essa lei - em processo de gestação também na Câmara de Andradina - até apadrinhado terá de ser "ficha limpa".
Os argumentos são absolutamente pertinentes. Primeiro, por uma questão de princípio. Além disso, entre os ocupantes de cargos de confiança nas administrações públicas estão aqueles que, direta ou indiretamente, vão lidar com dinheiro público e estar em contato frequente com bens públicos. Portanto, nada mais lógico do que estender a eles a exigência de uma ficha corrida acima de qualquer suspeita.
Outra grande relevância dessa proposta é a possibilidade de dificultar a acomodação, em cargos de confiança, dos políticos que têm suas candidaturas indeferidas por causa da sujeira da ficha e rapidamente vão procurar amparo sob as asas acolhedoras de algum companheiro eleito. A ampliação da lei federal, em curso nesses municípios, promete efeitos tão polêmicos quanto moralizadores. No País em que política virou sinônimo de falcatrua, debater esse tema deve ser interesse não só da população, mas especialmente de políticos que respeitam seu próprio nome e não admitem ser jogados na vala comum dos picaretas.
Está aí uma oportunidade para a Câmara de Araçatuba ocupar melhor seu tempo com algo certamente mais importante e mais oportuno do que a discussão sobre o aumento no número de vereadores. O que impede o Legislativo de Araçatuba de seguir o bom exemplo dos seus vizinhos e também servir de exemplo para o Brasil? E antes que se fale em discriminação, é bom recordar que os interesses da população devem estar sempre muito acima dos interesses geralmente nebulosos de qualquer elemento fichado.
Fonte: http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=273244
Por Vânia Maria do Nascimento Duarte
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